19/08/2010

Descoberta no Maranhão viabiliza gasoduto no Pará

Belém 16 de Agosto de 2010

O anúncio na quinta-feira passada, pelo empresário Eike Batista, da descoberta de uma gigantesca reserva de gás natural na bacia do rio Parnaíba, no Maranhão, vai ajudar a tornar realidade o projeto do governo paraense de diversificar a matriz energética do Estado. Dois projetos estão em curso neste sentido: a construção de um terminal de regaseificação em Barcarena, para uso de gás natural liquefeito, e um gasoduto que sairá de Açailândia, no Maranhão, irá até Marabá e também a Barcarena, abastecendo outros polos econômicos importantes, como o de Paragominas. É este projeto do gasoduto que praticamente se confirma com a descoberta anunciada esta semana.

"Nos estudos e prognósticos feitos nos últimos meses sobre o gasoduto, o único entrave para a construção era a disponibilidade do gás", informa Fábio Amorim, diretor técnico e operacional da Gás do Pará, estatal encarregada pelo governo Ana Júlia para trazer gás ao Pará, sobretudo aos polos de Marabá, Barcarena e Belém. "Com a descoberta na bacia do Parnaíba, não há mais nenhum impedimento relevante para a viabilização do gasoduto."

Desde o primeiro mês do governo Ana Júlia, o governo do Estado se empenha em trazer gás natural ao Pará, como forma de viabilizar energia mais barata e limpa e aumentar a competitividade da indústria. A governadora defendeu em reunião de Mercosul, já em janeiro de 2007, a construção do gasoduto Brasil-Venezuela, que cruzaria todo o Brasil, chegando à Argentina via Patagônia. Existe um protocolo assinado pelos presidente Lula e Chávez, mas o projeto, de 23 bilhões de dólares, avança lentamente, sobretudo por causa de impedimentos ambientais.

O governo do Estado então passou a fazer estudos de viabilidade econômica e ambiental de outros projetos. O principal deles seria estender o gasoduto que está sendo construído em nível nacional e cujo ponto final estava previsto para Açailândia, no Maranhão. O objetivo inicial era trazê-lo ao Pará, mas o projeto esbarrava na mais básica das questões: a oferta de gás diminuía cada vez mais no Brasil, com várias termelétricas operando com o sinal vermelho aceso, riscos de racionamento e engavetamento de projetos de expansão da oferta. (O LIBERAL)

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