24/03/2010

Breves no Estado do Pará, terá a primeira base de policiamento de fronteiras do Brasil


Visualizar localização de Breves em um mapa maior

Em junho deste ano o município de Breves, no Marajó, irá receber a primeira Base de Policiamento de Fronteiras do Brasil, veja a localização do município no mapa acima.

A base de Breves terá 12 contêineres articulados e adaptados para alojamentos, escritórios, salas de reunião; seis caminhonetes; dois caminhões específicos; lanchas de 35 pés; jet boat, barcos que precisam de apenas 25cm de profundidade para navegação, o que facilita o acesso a braços e rios de baixa profundidade; jet skis para 3 tripulantes; voadeiras; armamentos e munição; além de equipamentos como óculos de visão noturna, rádios comunicadores de alta potência e de proteção individual (coletes a prova de balas, capacetes), além de um efetivo de 46 homens e mulheres.

Em uma base que contará com tantos equipamentos de ultima geração, seria imprescindível a utilização de GPS de navegação e de um SIG (Sistema de Informações Geográficas), pois ajudaria bastante na elaboração de relatórios das missões, contribuindo principalmente para verificar e planejar o raio de abrangência destas missões.

Mais informações SECOM

02/03/2010

Piscicultura aproveita buracos provocados pela extração de argila em São Miguel do Guamá

Nota do Blog:
Olha só que notícia ótima para o meu querido município de São Miguel do Guamá, projetos como estes devem ser cobrados pela população local e estimulados pelos governantes municipais, pois além de servirem como forma de mitigar os impactos provocados pela principal atividade econômica municipal, servem como fonte de renda para várias famílias.

Muito louvável esta iniciativa, parabéns aos idealizadores:
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater)
Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema)

E um grande abraço para os meus conterrâneos!


Um projeto piloto de piscicultura do escritório regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em São Miguel do Guamá, nordeste do estado, vem se apresentando como uma alternativa para o aproveitamento econômico, social e ambiental de buracos provocados pela exploração intensa de argila na região. Os buracos, criados a partir da escavação até o ponto dos lençóis freáticos, acabam virando lagos, também por causa das chuvas. A destinação de uso dessas zonas é uma recomendação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema). O problema é crônico no município, onde se localizam cerca de 30 grandes olarias, produtoras de tijolos e telhas. O primeiro plano de manejo se dará na Comunidade de Acará, que se constitui de 21 famílias, com a maioria delas se sustentando por empregos na Cerâmica local. Ali, o lago principal (de aproximadamente um hectare e meio e quatro metros de profundidade) se encontra ocioso e irregularmente escavado, com desníveis no solo. A proposta é implantar 30 tanques-redes, com 500 tambaquis cada - grupo que, por safra (de oito em oito meses), renderá cerca de 300 kg de peixe. Além disso, espera-se estimular, principalmente nas mulheres, o ofício de artesanato com argila. "É uma via de capacitação feminina e de inclusão social. Fora isso, há os bônus da reciclagem ambiental e do lucro comercial", classifica o sociólogo da Emater Alcir Borges. Todo o processo da piscicultura será patrocinado pelo dono da Cerâmica Acará, Aluízio Filho, sob a lógica da parceria público-privada. "Sociedade, empresariado e governo têm que se dar as mãos. A comunidade em torno da minha olaria é muito carente. Eu acho que essa é uma grande oportunidade de ajudar a comunidade e de facilitar o trabalho governamental. As pessoas poderão cultivar peixes na propriedade, sem qualquer custo. Será um complemento de renda. E a iniciativa ainda reduzirá o impacto ambiental das nossas atividades. Espero que nossa história inspire outros ceramistas de São Miguel", diz. A Emater se responsabilizará pela capacitação dos recém-aquicultores e pelo acompanhamento técnico do cultivo. "Essa não é uma ação de recuperação ambiental, mas de diminuição dos prejuízos à natureza inerentes àquela atividade comercial, que é contínua. Não é possível aterrar os buracos, porque eles serão novamente criados. A idéia é dar utilidade a esses lagos, beneficiando as comunidades tradicionais vizinhas", explica Emílio Paixão, técnico em aqüicultura e pesca da Emater. A primeira visita técnica para a implantação do Projeto aconteceu no dia 7 de janeiro. Nela, técnicos da Emater realizaram um pré-diagnóstico sobre número de famílias interessadas, impacto ambiental e viabilidades sociais, além de coletarem amostras da água dos lagos, para medição imediata de índices de oxigênio e ph, de modo a avaliar se existem condições ideais para a sobrevivência dos alevinos. "Os números estão bons. Quando não, fazemos a correção com calcário e adubo orgânico", explica Emílio Paixão. Planeja-se que, até março, as gaiolas com os peixes estejam instaladas e a produção já se desenvolvendo.

Fonte: Emater-Pa. Arpim - por Aline Dantas